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O contexto externo continuou a favorecer a economia nacional na primeira metade do ano, não obstante a intensificação das tensões comerciais globais, bem como o adiamento e a amplificação das incertezas que envolvem o processo de saída do Reino Unido da União Europeia.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, o produto interno bruto, em volume, cresceu 5,7 por cento no primeiro semestre, impulsionado, do lado da procura, pelas exportações líquidas e pelas despesas de consumo final, enquanto a inflação média anual fixou-se nos 1,2 por cento em agosto (1,3 por cento em dezembro de 2018).

 

A balança corrente registou um excedente de 0,5 por cento do PIB no primeiro semestre (o que compara ao défice de 1,8 por cento do primeiro semestre de 2018), reflexo, sobretudo, da melhoria da balança comercial (de bens e serviços). O aumento das reservas oficiais do país determinou a expansão da oferta monetária nos primeiros oito meses do ano, numa conjuntura de crescimento comedido do stock crédito ao sector privado e de alguma redução da taxa média de juros aplicada nas operações de empréstimos.

 

Em termos de perspetivas, as atuais projeções do Banco de Cabo Verde apontam para a manutenção do ritmo de crescimento económico em torno de cinco por cento em 2019 e 2020 e para o aumento dos preços no consumidor, em termos médios anuais, em 1,2 por cento para 2019 e 1,3 por cento em 2020.

 

Antecipando pressões contidas nos preços no consumidor e na balança de pagamentos e uma dinâmica sustentada da procura agregada, o Banco de Cabo Verde deverá manter, nos próximos meses, a atual orientação da política monetária, mantendo-se, contudo, atento a riscos que possam ameaçar a estabilidade das reservas internacionais líquidas do país.


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